terça-feira, 10 de abril de 2012

O segredo em Ana C.

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Resumo:


A presença da intimidade na poesia é um tema frequente em Ana Cristina Cesar. O artigo analisa alguns procedimentos de escrita em seus poemas, buscando entender como ela constrói e sustenta a sensação de segredo a partir da deformação dos gêneros íntimos, como o diário e a carta. O objetivo é encontrar alternativas à dicotomia verdade X ficção, confissão X fingimento, e compreender o salto poético que seus escritos dão de uma intimidade empírica para uma intimidade literária – nem por isto menos intrincada com a vida e o real.


Autora: Annita Costa Malufe



Pós-doutoranda na PUC-SP/Fapesp e doutora em Teoria Literária pela Unicamp, com o trabalho Poéticas da imanência: Ana Cristina Cesar e Marcos Siscar (7Letras/ Fapesp, 2011). Publicou os livros de poemas: Fundos para dias de chuva (7Letras, 2004), Nesta cidade e abaixo de teus olhos (7Letras, 2007) e Como se caísse devagar (Ed,34 e Secretaria de Estado da Cultura de SP, 2008). É também autora do ensaio Territórios dispersos: a poética de Ana Cristina Cesar (Annablume/ Fapesp, 2006).

SEREIA DE PAPEL (algumas anotações sobre a escrita e a voz em Ana Cristina Cesar)

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A história está completa: wide sargasso sea, azul
azul que não me espanta, e canta como uma
sereia de papel




Autor: Roberto Zular

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ana Cristina Cesar: "Não, a poesia não pode esperar"


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Resumo:
A tensão entre proximidade e distância, seja com o interlocutor seja com a própria escrita, é um traço forte na poesia de Ana Cristina Cesar, a qual oscila entre o “literário” e a “confissão” – ambos termos de difícil definição. Também a urgência em relação ao tempo, no presente, como se escrever fosse um gesto em movimento, aponta para o aguçamento de contradições bem conscientes entre poema e vida. 



Autora: Viviana Bosi


Viviana Bosi é professora no curso de Teoria Literária e Literatura Comparada na USP. Publicou o livro John Ashbery, um módulo para o vento, e organizou volume com textos poéticos inéditos de Ana Cristina Cesar, Antigos e soltos. Também editou, com outros colegas, dois livros de textos sobre poesia e ficção. Vem publicando ensaios sobre poetas brasileiros contemporâneos (Francisco Alvim, Armando Freitas Filho, José Paulo Paes, Sebastião Uchoa Leite, Ana Cristina Cesar, dentre outros).


Ana C. - Extracampo

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Resumo:

Este artigo pretende flagrar Ana C. em extracampo documental, material, para fora do atrelamento ao biográfico, tantas vezes hipnotizador, articulado pela forma-eu de seus textos. Tem interesse em captar a “íntima velocidade” sinalizada por Herberto Helder, em Photomaton & vox (1977), livro contemporâneo do surgimento da autora carioca na cena poética e cultural dos 70’. Em algumas vertentes de intensidade datiloescópica, estenosônica, o estudo estende linhas de telefone/vozes teóricas cruzadas para reler a obsedante escrita matrix de nosso presente descontínuo.


Autor: Mauricio Salles Vasconcelos


MSV é carioca, radicado em SP desde 2005. Autor do romance Ela não fuma mais maconha (São Paulo: E, 2011), das microficções de Stereo (São Paulo: Ciência do Acidente, 2002) e do ensaio Rimbaud da América e outras iluminações (São Paulo: Estação Liberdade, 2000). Entre outros livros de poesia, publicou Ocidentes dum sentimental (Belo Horizonte: Orobó, 1998), recriação de “Ocidentes dum sentimental”, de Cesário Verde. Em 2001, dirigiu em Nova York, o vídeo Ocidentes, a partir do livro-poema. Realizou, também, no campo videográfico: Blanchot: Para onde vai a literatura? (2005) e Giro Noite Cinema – Guy Debord  (2011). Professor livre-docente da área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa (FFLCH/USP).


Quem fala nos textos críticos de Ana Cristina Cesar?

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Resumo:
A poesia de Ana Cristina Cesar tem cativado mais e mais leitores e pesquisadores interessados em investigar sua obra. Nosso texto, porém, irá tratar de aspectos relacionados a outra faceta de sua lavra – o ensaísmo crítico. Este, além de ser permeado por traços que surgem em sua criação literária e por questões de época, também traz uma proposta bastante peculiar de militância crítica, que busca intervir de forma contumaz na produção cultural que lhe é contemporânea, insistindo na nota inconformista que contaminava tanto a forma  (aparência) quanto a estrutura (fundamentos) de sua escrita.

Autora: Andréa Catrópa da Silva
É doutoranda em Teoria Literária (FFLCH-USP) e atualmente pesquisa algumas relações entre crítica e poesia contemporânea brasileira. Foi contemplada duas vezes com o prêmio Rumos, do Itaú Cultural  e dirigiu, em parceria com Sérgio Nesteriuk, a série de vinte e quatro programas de rádio Ondas Literárias (http://ondasliterarias.blogspot.com).  Integra as coletâneas de poemas Antologia da Poesia Brasileira do Início do Terceiro Milênio (2008), 8 femmes (2007), Prévia poesia (2010), Todo começo é involuntário – a poesia brasileira no início do século 21 (2010) e publicou o livro Mergulho às avessas (2008). Participa, também, da coletânea Rock Book – Contos da era da guitarra (2011).